quarta-feira, 2 de novembro de 2011

HOLÍSTICO É E NÃO É


Holístico é espaço de encontro de tudo que a mente separou e separava através dos tempos.

Holístico é a árvore da vida em cujos galhos as folhas dançam ao vento da reunião.

Holístico
Não é nova religião
Nem nova filosofia
Nem nova ciência
Nem nova arte
Nem novo partido político
Nem nova forma de pensamento, ação ou sentimento.

Holístico
Não é nova síntese
Nem novo sincretismo
Nem novo coquetel espiritualista ou materialista ou os dois...
Nem misturada de novos e/ou velhos... ismos
E, sobretudo, não é comércio...


Holístico é o calor das mãos dadas, dos corações unidos por cima das diferenças.



Holístico é o encontro do novo com o antigo; do convencional com o não convencional.


Holístico é o respeito às individualidades e às diferenças.



Holístico é o encontro da simplicidade dos homens de boa vontade.


Holístico é despertar da sabedoria e do amor recalcados por toneladas de conceitos e preconceitos.


Holístico é sala de reunião, teatro de arena, estádio de dança da vida, montanha de sermões,


Ser contra holístico é ser contra o espaço do canto do pássaro:
Quem pode ser contra a sala de reuníões?


Holístico é trampolim de mergulho na imensidão do real.


Holístico é descoberta da beleza dos caminhos, das moradas do sem nome.
Do sem nome a quem tantos nomes deram, criando novas Torres de Babel, de malentendidos e de guerras.



Holístico é oportunidade de enfrentar e sair de crises da existência.


Holístico é descoberta da natureza da natureza, da vida da vida, da consciência da consciência.


Holístico é abraço de Bispo, com Lama, Pastor, Rabino, Shaman, Sheik, Gnósticos e Agnósticos, Crentes e Descrentes, Cientistas com Artistas e Filósofos.


Holístico é o desvelar do verdadeiro sentido de sua crença, se ainda tiver...
É a passagem da crença ao verdadeiro saber
Do saber à sabedoria do amor e da compaixão.


Holístico é o espaço irresistível que atrai todos os que querem contribuir para salvar a vida desse planeta, pela descoberta da interferência de tudo com tudo no grande todo incomensurável, transfinito e atemporal.


Texto de Pierre Weil
II Congresso Holístico Internacional - 1991




























 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra


Preâmbulo

Nós,  povos e nações da Terra:
Consideramos que todos somos parte da Mãe Terra, uma comunidade de vida indivisível, de seres interdependentes e inter-relacionados com um destino comum;
Reconhecemos, com gratidão, que a Mãe Terra é a fonte de vida, alimento, ensino e fornece tudo aquilo que nós necessitamos para viver bem;
Reconhecemos que o sistema capitalista e todas as formas de depredação, exploração , abuso e contaminação causaram grandes destruições, degradações e alterações à Mãe Terra, pondo em risco a vida tal como a conhecemos hoje, produto de fenômenos como a mudança do clima;
Convencidos de que numa comunidade de vida interdependente não é possível reconhecer somente os direitos dos seres humanos, sem provocar um desequilíbrio na Mãe Terra;
Afirmamos que para garantir os direitos humanos é necessário também reconhecer e defender os direitos da Mãe Terra e de todos os seres que a compõe e que existem culturas, práticas e leis que o fazem.
Conscientes da urgência de realizar ações coletivas decisivas para transformar as estruturas e sistemas que causam as mudanças climáticas e outras ameaças à Mãe Terra;
Proclamamos esta Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra e fazemos um chamado à Assembléia Geral das Nações Unidas para adotá-la, como propósito comum para todos os povos e nações do mundo, com a finalidade de que tanto os indivíduos como as instituições, se  responsabilizem em promover, através do ensino, a educação e a conscientização, o respeito para com estes direitos reconhecidos nesta Declaração e assim assegurar através de medidas  e mecanismos efetivos e progressivos de caráter nacional e internacional, o seu reconhecimento e aplicação universal entre todos os povos e países do Mundo.

Artigo 1: A Mãe Terra

1.     A Mãe Terra é um ser vivo.
2.     A Mãe Terra é uma única comunidade, indivisível e auto- regulada, de seres inter relacionados que sustem, contem e reproduz a todos os seres .
3.     Cada ser se define pelas suas relações como parte  integrante da Mãe Terra.
4.     Os direitos inerentes da Mãe Terra são inalienáveis porque derivam da mesma fonte de existência.
5.     A Mãe Terra e todos os seres que a compõe são titulares de todos os direitos inerentes, reconhecidos nesta Declaração sem nenhum tipo de distinção, como pode ser entre seres orgânicos e inorgânicos, espécies, origem, usos para os seres humanos, ou qualquer outro status.
6.     Assim como os seres humanos possuem os seus direitos, todos os demais seres da Mãe Terra também possuem direitos específicos da sua condição e apropriados para o seu papel e função dentro das comunidades  nas quais existem.
7.     Os direitos de cada ser são limitados pelos direitos dos outros seres, e qualquer conflito entre estes direitos deve ser resolvido de maneira que seja mantida a integridade, equilíbrio e saúde da Mãe Terra.

Artigo 2: Direitos Inerentes da Mãe Terra

1.     A Mãe Terra e todos os seres que a compõe possuem os seguintes direitos inerentes:
·       Direito à Vida e de existir;
·       Direito de ser respeitados;
·       Direito à regeneração da sua bio - capacidade e continuação dos seu ciclos e processos vitais livre das alterações humanas;
·       Direito a manter a sua identidade e integridade como seres diferenciados, auto regulados e inter relacionados.;
·       Direito à água como fonte de vida;
·       Direito ao ar limpo;
·       Direito à saúde integral;
·       Direito de estar livre da contaminação, poluição e resíduos tóxicos ou radioativos;
·       Direito a não ser alterada geneticamente e modificada na sua estrutura, ameaçando assim a sua integridade ou funcionamento vital e saudável;
·       Direito a uma plena e pronta restauração depois de violações aos direitos reconhecidos nesta Declaração e causados pelas atividades humanas;
2.     Cada ser tem o direito a um lugar e a desempenhar o seu papel na Mãe Terra para o seu funcionamento harmônico;
3.     Todos os seres possuem o direito ao bem estar e de viver livre de tortura ou trato cruel por parte dos seres humanos.

Artigo 3: Obrigações  dos seres humanos para com a Mãe Terra

1.     Todos os seres humanos são responsáveis em respeitar e viver em harmonia com a Mãe Terra;
      2 .  Os seres humanos, todos os Estados e todas as instituições públicas e privadas devem:
·       Atuar de acordo com os direitos e obrigações reconhecidos nesta Declaração;
·       Reconhecer e promover a aplicação e a plena implementação dos direitos e obrigações estabelecidos nesta Declaração;
·       Promover e participar na aprendizagem, analise, interpretação e comunicação sobre como viver em harmonia com a Mãe Terra de acordo com esta Declaração;
·       Assegurar que a procura do bem estar humano contribua ao bem estar da Mãe Terra, agora e no futuro;
·       Estabelecer e aplicar efetivamente normas e leis para a defesa, proteção e conservação dos Direitos da Mãe Terra;
·       Respeitar, proteger, conservar e onde seja necessário restaurar a integridade dos ciclos, processos e equilíbrios vitais da Mãe Terra.
·       Garantir que os danos causados pelas violações humanas dos direitos inerentes reconhecidos nesta Declaração sejam corrigidos e que os responsáveis prestem contas para restaurar a integridade e a saúde da Mãe Terra;
·       Autorizar a todos os seres humanos e as instituições a defender os direitos da Mãe Terra e de todos os seres que a compõe;
·       Estabelecer medidas de precaução e restrição para prevenir que as atividades humanas conduzam à extinção das espécies, à destruição dos ecossistemas ou à alteração dos ciclos ecológicos;
·       Garantir a paz e eliminar as armas nucleares, químicas e biológicas;
·       Promover e apoiar práticas de respeito para com a Mãe Terra e todos os seres que a compõe, de acordo com as suas próprias culturas, tradições e costumes.
·       Promover sistemas econômicos em harmonia com a Mãe Terra e de acordo com os direitos reconhecidos nesta Declaração.

Artigo 4: Definições

O termo “ser” inclui os ecossistemas, comunidades naturais, espécies e todas as outras entidades naturais que existem como parte da Mãe Terra. Nada nesta Declaração poderá restringir o reconhecimento de outros direitos inerentes de todos os seres o de qualquer em particular.

       (From the World People’s Conference on Climate Change and the Rights of Mother Earth,
                                   Cochabamba, Bolivia, 22 April – Earth Day 2010)

terça-feira, 10 de maio de 2011

A Fisica Desvela a Consciência


                                    (Texto de  Romeo Graciano  -  Revista Planeta)

Mais conhecido entre nós por seu livro O Universo Autoconsciente (Editora Rosa dos Tempos), o físico quântico Amit Goswami é um raro exemplo de cientista transformado por seu próprio trabalho. Ele antevê o definitivo deslocamento do paradigma científico materialista e conserva boas esperanças no futuro da comunidade planetária, que pode começar a abrir sua mente colaborando com a força criadora da consciência.
Todos os anos, desde 1996, Amit Goswami vem ao Brasil a convite da Unipaz (Universidade da Paz), com a qual compartilha a mesma iniciativa de divulgar valores espirituais e quânticos. De origem indiana e radicado nos Estados Unidos, Amit, Ph.D., é professor -titular de física quântica no Instituto de Física Teórica da Universidade de Oregon e se destaca, entre seus congêneres, por contribuir para uma nova visão de mundo que desvela a natureza espiritual da consciência. Durante sua visita a São Paulo, realizada em meados de junho, ele nos recebeu para a seguinte entrevista:

PLANETA - Qual o foco de suas pesquisas atuais?
Amit - Agora estou concentrado nos estados extremamente elevados de consciência, o que na Índia é chamado de samadhi.

PLANETA - Como a comunidade científica encara a sua afirmação de que a consciência cria o mundo físico?
Amit - Existe uma negligência (não má vontade), de certa forma benéfica, por parte da comunidade científica. Talvez essa reserva deva-se ao fato de se achar que não é preciso ir tão longe quanto eu quero ir para chegar a uma conclusão necessária. Por outro lado, existem alguns cientistas, fora da comunidade dos físicos, que já estão chegando tão longe quanto eu. São os psicólogos. A psicologia é uma dessas ciências que acompanham a mesma busca. A maioria das pessoas que realmente se aprofunda na física quântica acaba concluindo que este é um sistema valioso.

PLANETA -E onde você quer chegar?
Amit - Não é tão distante. Parece distante para as pessoas que acreditam que a ciência e a religião não devem estar incluídas no mesmo conjunto, que acham que elas não combinam.

PLANETA - Principalmente nos Estados Unidos, onde a sociedade é muito materialista...
Amit - Na verdade, eu passei boa parte da minha vida como materialista, mas também era integrante da comunidade científica.Nos Estados Unidos há uma concentração de pessoas, na costa oeste, que vivem, por assim dizer, no limiar (fazendo uma metáfora com a falha geológica da costa californiana). Deepak Chopra, por exemplo, mora em San Diego; Fritjof Capra, no Oregon; Peter Russel e eu moramos em San Francisco. Nos Estados Unidos existe esse materialismo profundo, porém, quanto mais profundo ele se torna, maior é a necessidade da espiritualidade. Eles partem do ponto de vista de uma espiritualidade materialista, ou seja, de uma espiritualidade que tenha uma meta. Chogyam Trungpa criticava muito seus alunos dizendo que eles praticavam uma espiritualidade para chegar a algum lugar. E é exatamente o contrário. A espiritualidade é você aprender que não tem de chegar a lugar algum, pois você já traz em si esse potencial.



PLANETA - De que maneira a física quântica interpreta a consciência?
Amit -A maneira comum de analisar a consciência é considerá-la como um resultado secundário (epifenômeno) da atividade cerebral. O problema desse ponto de vista é que se começa com partículas produzindo átomos, átomos produzindo moléculas, moléculas produzindo neurônios, neurônios produzindo o cérebro e o cérebro produzindo consciência. Isso transforma a consciência em um objeto, apesar de que os objetos fazem parte da experiência da nossa consciência, e não só eles mas o todo. O enfoque convencional não consegue incorporar essa duplicidade do sujeito e objeto. Na física quântica existe uma profunda descontinuidade, sendo que algumas partes do movimento quântico são previsíveis. Por exemplo: os objetos da física quântica são considerados ondas de possibilidades. Como essas possibilidades vão se espalhar pode ser previsto pela matemática quântica; mas como as possibilidades se transformam em realidade concreta não pode ser previsto. A consciência faz o colapso (1) dessas possibilidades para ser algo, isso é o que chamamos de salto quântico. Então a consciência é incorporada na física quântica como o escolhedor da realidade, entre as possibilidades existentes.


PLANETA - Por isso a consciência não depende do cérebro?
Amit - Não somente a consciência não depende do cérebro como é o cérebro que depende da consciência. Isso vira o ponto de vista materialista (newtoniano) de cabeça para baixo. A vantagem é que você consegue começar a entender a divisão entre sujeito e objeto, e incorporá-los em uma mesma realidade.Percebi, ao longo do tempo, que aprendi mais analisando ocorrências extraordinárias do que ordinárias.


PLANETA - Tal interpretação seria uma outra forma de entender a explicação da realidade como maya (ilusão), dada pelo hinduísmo e o budismo?
Amit - A realidade está além de maya. No antigo hinduísmo havia o conceito de descontinuidade, e por falta de uma linguagem quântica eles a chamavam de maya. Mas acaba sendo a mesma coisa em matéria de descontinuidade, que é a maneira pela qual a física quântica mensura essa descontinuidade, esse salto.


PLANETA - Durante sua palestra sobre criatividade (2), você disse que, quando não estamos olhando para os objetos quânticos, eles se espalham em possibilidades. Como esse fenômeno acontece?
Amit - Esse é o ponto mais fundamental e misterioso dos objetos quânticos. A física quântica afirma que os objetos se espalham em ondas de possibilidades, mas quando nós os observamos, os vemos como partículas localizadas. Acontece que eles não são partículas newtonianas, o que em física quântica significa que a sua trajetória não pode ser determinada, definida. Elas têm a possibilidade de seguir várias trajetórias, mas somos nós, com nossa autonomia, que escolhemos qual será a sua possibilidade.

PLANETA - Através do ato de ver?
Amit-O ato de observar determina a trajetória que será trilhada pela partícula. Contudo, esse efeito não é uma reação, mas uma coisa descontínua. Não pode ser dado um modelo matemático para isso. É um ato de escolha, de livre-arbítrio. Em todas essas possíveis trajetórias, a observação acaba escolhendo uma delas e a consciência acaba fazendo essa decisão.

(1) Todas as possibilidades existem dentro da consciência neste instante. O colapso pega todas essas possibilidades e faz resultar na partícula.
(2) Sob organização da Fundação Peirópolis, o físico realizou uma palestra sobre criatividade quântica na capital paulista.

PLANETA - Aqui temos uma definição realmente metafísica...
Amit-Desde o início a física quântica tem sido metafísica. Nos velhos tempos, Niels Bohr e Einstein tiveram um debate interessante sobre a natureza filosófica da física quântica. Posteriormente, suas discussões foram esclarecidas, através da ciência e de estudos, e agora estão a favor do radicalismo quântico. A pergunta é: Quão radical temos de ser em relação à natureza da consciência? Pois radical é afirmar que a consciência é a base de tudo. Esse radicalismo também diz que existe uma consciência cósmica que colapsa as possibilidades. Sem ser tão radical, é o mesmo que dizer que nós temos o poder de provocar esse colapso com a nossa consciência, que, segundo a física quântica, é integrativa.

PLANETA -Qual a participação da meditação no seu processo de pesquisa da consciência?

Amit - É impossível fazer um estudo de consciência sem a capacidade de mergulhar em si mesmo, atingindo outros níveis de percepção. A meditação é o mergulho, o caminho. No meu estudo da física, percebi, ao longo do tempo, que aprendi mais analisando ocorrências extraordinárias do que ordinárias. Os estados não-ordinários de consciência, aos quais a meditação nos leva, são muito importantes para se começar a entender o processo quântico, assim como para o estudo da consciência. Entretanto, eu sou um cientista teórico. A maior parte do meu trabalho acontece dentro do reino teórico. Não é puro pensamento, pois também envolve dados. Conheço profundamente os dados resultantes de experimentos de laboratórios e concretos, e incorporo isso ao meu lado teórico.


PLANETA - Já que o universo é autoconsciente, o que você sugere para as pessoas começarem a atuar de forma mais evolutiva na sua realidade?
Amit - A humanidade tem de acordar, escutar, ouvir, ver esse universo autoconsciente. Existem duas fortes tendências: uma nos leva a estados de ser cada vez mais condicionados, a outra nos leva para um lado mais criativo. Nesta idade tão materialista, o condicionamento que nós recebemos é muito intenso. Quanto mais condicionados ficamos, mais distantes estaremos da realidade quântica. Daí a criatividade e o amor serem muito importantes, pois são forças unificadoras que nos levam de volta à unidade. Até que a gente sinta a força e o poder da unidade, dizer que o universo autoconsciente é pura falação. Assim, só se consegue usar essa idéia para ganhar dinheiro, sem resultar em nenhuma transformação de ninguém. Ao perceber que a realidade é uma coisa só, aí sim conseguiremos nos transformar. E a nossa vida se tornará feliz, criativa, amorosa. Com a nossa transformação individual começará a haver uma transformação coletiva, mundial. Tenho boas esperanças em nossas possibilidades de alcançar uma transformação planetária neste século que se inicia.

PLANETA - Como devemos entender a criatividade para melhor exercê-la?
Amit - Toda criatividade é mental, e assim precisamos entender o que é a mente, pois ela é que processa os significados. Para os cientistas, a mente é um fator secundário do cérebro. Se assim fosse, então a criatividade não existiria, porque o cérebro não pode processar o significado. O que a criatividade pode fazer à nossa volta é nos ajudar a ver um sentido novo naquilo que todos vêem como algo comum. O melhor da nossa criatividade está em achar um contexto novo para potencializá-la. Por isso, é importante perceber como a nossa mente se condiciona a ver os contextos que nos são dados. A física quântica afirma que mesmo o mundo material é criado por nós momento a momento. E o universo inteiro é criado para que a consciência possa se ver na criação. Segundo a física quântica, um elétron pula de um corpo para outro, sem passar pelo espaço intermediário, e este salto é descontínuo. Aqui temos o ponto fundamental da criatividade. Todos os insights são novos, no sentido de que não existe pensamento prévio. Nesse movimento mental, realizamos o salto fora da mente, que é condicionada ao intelecto que não está condicionado, e trazemos o contexto em que podemos pensar novos pensamentos. É nisso que constitui a criatividade: damos um salto sem passar por estágios intermediários de significados.Para ser mais criativo, deve-se estar atento à proposta universal para colaborar mais com ela. É começar a tomar conhecimento de que você tem mais do que a mente, e abri-la para entender que existe o livre- arbítrio, a não-localidade (3), o amor, a interconexão entre as pessoas.
(3) Uma influência ou comunicação instantânea, sem qualquer troca de sinais através do espaço-tempo; uma totalidade intacta ou não-separabilidade que transcende o espaço- tempo. (Em O Universo Autoconsciente, de Amit Goswami.)
A ciência caminha para uma profunda transformação, que deverá jogar por terra o atual paradigma dualista.

PLANETA - O boom da Internet tem provocado muitas expectativas em diversos setores. Existe até empresa de computação mobilizando-se para desenvolver uma rede mundial quântica. Você acredita que isso possa ajudar nessa transformação?
Amit - Pode ser uma força boa, mas ainda é difícil usá-la corretamente. Há muita informação. Deve-se entender que a mudança radical ocorre primeiramente dentro de um grupo fechado. Na Internet há uma quantidade tão grande de informação que a voz de quem realmente tem o que dizer fica perdida. Nós não precisamos tanto de informação, mas sim de transformação. Com muita informação as pessoas se tornam superficiais. E o estudo da física quântica exige que as pessoas vivenciem experiências mais profundas, que deixem o mundo superficial e entrem no mundo interior, que olhem para dentro.
Tais experiências são de consciência não-ordinária, o que resumimos no termo "salto quântico". Nesses estados de consciência também podem ocorrer os estados não-localizados, como o amor.

PLANETA -O que é um grande desafio para os cientistas cartesianos...
Amit - Sim. Os psicólogos transpessoais são os que têm feito mais esse tipo de experiência. Por exemplo: Abraham Maslow, um cientista que realizou muitas pesquisas, acabou sendo transformado pelo seu trabalho. Será que o cientista aceitaria ser transformado pelo seu próprio estudo? À medida que for se aprofundando, ele será obrigado a se transformar. Mas será que ele aceitará essa transformação?Quando se experienciam os estados mais sutis de consciência, desaparecem todas as dúvidas em relação à unidade da existência. E um cientista com tal percepção nunca irá se referir à consciência como um objeto, pois os modelos mais materialistas nunca constituirão apelo a um cientista interessado na profundidade.

PLANETA - Caminhamos para a convergência da tradição de sabedoriacom a ciência?
Amit - Está acontecendo, bem no centro do materialismo, a transformação da ciência em si. Não tenho dúvida de que, dentro desse contexto, o paradigma científico está se deslocando. Daqui a algumas décadas, o peso dos resultados das pesquisas científicas será tão decisivo que irá deslocar de vez o antigo paradigma dualista. Será algo comparável à época em que se falava que a Terra, e não o Sol, era o centro do universo. Quando isso acontecer, deverá ser atingida a mente mais popular. Daí, então, a felicidade e a consciência irão receber mais a nossa atenção. Porque hoje estamos perdidos, buscando alguma coisa sem saber bem o que é. Mas, quando isso acontecer, começaremos a procurar em nós mesmos a fonte dessa felicidade.


Pequena Biografia de Goswami / Frases / Idéias
"O universo é auto-consciente através de nós"Amit Goswmi - PhD.Uma pequena biografia: Amit Goswami PhD. É um dos mais importantes físicos da atualidade e um dos poucos que penetrou fundo na espiritualidade humana. No seu livro "O Universo Auto-Consciente" - demonstra como a consciência cria o mundo material. Cientificamente, através da física quântica, ele prova que o universo é um conjunto superior - Deus. Isto torna sólida a sua afirmação de que á a consciência que cria a matéria e não o contrário, como até hoje "crê" o Realismo Materialístico implantado na ciência por Isaac Newton e Rennè Descartes. Amit Goswami é professor titular de física quântica no Instituto de Física Teórica da Universidade do Oregon e autor de numerosos textos científicos.
Rose Marie Muraro - Editora Rosa dos Tempos.


Infinito:
Atualmente, o físico Amit Goswami presta serviços no Instituto de Ciências Noéticas, fundado pelo astronauta e psicólogo Edgard Mitchell."A FILOSOFIA DO "IDEALISMO MONISTA""Quanto mais eu observo o universo mais ele se parece a um grande pensamento do que a uma grande máquina". - Albert EinsteinA base do Idealismo Monista é a CONSCIÊNCIA e não a matéria. Reduzindo-se tudo à sua origem encontramos a CONSCIÊNCIA.Ela é a realidade única e final da matéria, dos pensamentos, a noção do imanente e do transcendente, os arquétipos, idéias, do mundo manifesto, enfim, tudo é a consciência.A filosofia do Idealismo Monista é unitária, as subdivisões são realizadas pela e na consciência. Na Grécia, o filósofo Platão deixou na sua "República" a proposta do Idealismo Monista, na atualidade, ela é defendida pelo físico teórico Amit Goswami Phd.Na "República", Platão exemplifica a sua teoria usando a "Alegoria da Caverna", que se tornou célebre.


A Alegoria da Caverna - Platão
Dentro de uma caverna estão sentados seres humanos, hipnotizados pelo jogo de luzes e sombras projetado na parede da caverna. A hipnose é tão grande, que estes seres não se voltam e não conseguem tirar os seus olhos daquela projeção. Entretanto, é a luz que projeta aquele espetáculo de sombras, do universo que está lá fora.Nós somos idênticos aos seres que estão nesta caverna, como eles, confundimos a realidade com as sombras-ilusões, que contemplamos embevecidos na parede da nossa caverna. Entretanto, a realidade genuína está às nossas costas na luz e nas formas arquetípicas que ela projeta como sobras.Esta alegoria serve para demonstrar que os nossos "espetáculos de sombra" são as manifestações imanentes-irreais da nossa experiência humana de realidades arquetípicas, pertencentes a um mundo transcendente. A LUZ é a única realidade nesta alegoria, pois é tudo o que percebemos. - "No idealismo Monista, a CONSCIÊNCIA é como a luz na Caverna de Platão". Amit Goswami.

O idealismo Monista em várias tradições antigas
Vedanta - Índia: NAMA são os arquétipos transcendentes e RUPA a sua forma imanente.A Consciência Universal é Brahman, o ser fundamental e único. Brahman existe para além de Maya (ilusão)."Todo este universo sobre o qual falamos e pesamos nada mais é do que Brahman. Nada mais existe".


Budismo: NIRMANAKAYA e SAMBHOGAKAYA são os reinos materiais e das idéias.DHARMAKAYA, acima destes reinos é a consciência única que os ilumina.Na realidade, só existe o Dharmakaya! "Nirmanakaya é a aparência do corpo de Buda e as suas atividades inescrutáveis. O Dharmakaya de Buda está livre de qualquer percepção ou concepção de forma".
Taoísmo: O Yin-Yang é um símbolo taoísta. O yang é a parte clara, símbolo masculino e o yin a parte escura, símbolo do feminino. O yang é o reino do transcendente e o yin o imanente. "Aquilo que permite ora as trevas, ora a luz, é o TAO", o Uno que transcende suas manifestações complementares.
A Kabbalah judaica: são duas as ordens de realidade: Sefiroth - transcendente, teogonia e a Alma de peruda imanente "o mundo da separação". O ZOHAR dia: "Se o homem contempla as coisas em meditação mística, tudo se revela com Uno".
Cristandade: Céu, transcendente e Terra, imanente. São originadas, estas palavras, do Idealismo Monista. O que está além do céu e da terra? O Rei, a Divindade. "Ela (a consciência fundamento do SER) está em nosso intelecto, alma e corpo, no céu, na terra, enquanto permanece em SI MESMA. Ela está simultaneamente em, à volta e acima do mundo supercelestial, um sol, uma estrela, fogo, água, espírito, orvalho, nuvem, pedra, rocha, tudo o que há". Dionísio - idealista cristão.
Há que se observar que em todas estas descrições a Consciência é tida como ÚNICA, mas chega até nós através das suas manifestações complementares, idéias e formas. Este é um importante e precioso componente da Filosofia Idealista.Misticismo: Você pode pegar uma pedra, pode arrastar e se sentar em uma cadeira, observar as coisas ao seu redor e crer que são realidades materiais separadas de você e das outras pessoas. Você as considera REAIS, porque as experiências da forma como se fossem materiais e perfazendo toda uma realidade.As experiências mentais são diferentes, não se parecem com as ditas reais e materiais, por esta razão, nós resolvemos que "mente" e "corpo" são separados, cada qual no seu domínio, nos tornamos, portanto, dualistas.Com o dualismo as explicações ficam dificultadas: como pode uma coisa imaterial, como a mente, interagir com outra material, como corpo material? Se interagirem uma com o outro, qual seria a troca de energias entre os dois? Pela lei da "conservação de energia" no universo material, a energia permanece constante e nada ainda nos provou que essa energia foi desviada para o domínio mental ou que dele foi retirada. E agora? Como estes dois domínios agem para fazerem as suas interações?Os seguidores do idealismo sustentam a realidade primária da consciência e dão o justo valor às nossas experiências subjetivas, mas ...não sugerem e nem afirmam que a consciência é a MENTE. Muita atenção: costumamos confundir "alhos com bugalhos" - A CONSCIÊNCIA NÃO É A MENTE! Mantenham esta explicação para sempre.
Então o que é a consciência? Pego, nas minhas mãos uma bola que é um objeto material. E penso neste objeto como sendo uma bola. O objeto material-bola - e o mental - meu pensamento sobre o objeto bola - todos os dois se tornam objetos na consciência e nesta experiência existe um observador, um sujeito que está experimentando - pegar na bola e nela pensar.De acordo com Idealismo Monista, a consciência do sujeito em uma experiência sujeito-objeto é a mesma que constitui o fundamento de todo o ser: só há um "sujeito-consciência" pois a consciência é UNITIVA e SOMOS essa consciência!Os Upanishades, livros sagrados da Índia, afirmam - "Tu és ISSO" - e os hindus chamam à consciência, sujeito/ser do ATMAN.No cristianismo, a consciência é o Cristo Interno, o Eu Superior ou o Espírito Santo. Para os cristãos quakre, ela é a LUZ interna. O que importa não são os seus nomes e sim a sua experiência transmutadora inefável, inestimável.
O filósofo Aldous Huxley escreveu um livro "A Filosofia Perene", o testemunho dos grandes vultos da humanidade que vivenciaram o ser-consciência, todos eles falam a mesma linguagem e expressam a linguagem da consciência de forma semelhante, a Unidade na Diversidade dos vários personagens que dela forneceram os seus testemunhos.As religiões foram fundadas, com o fito de simplificarem para as massas os ensinamentos místicos dos que vivenciaram a Realidade Absoluta. Cada uma apresenta a sua senda, um caminho, mas a DESCOBERTA final só poderá ser feita por cada um dos peregrinos, ninguém, ninguém mesmo poderá faze-la por você, este é o SEU trabalho.Infelizmente, todas as religiões se tornaram DUALISTAS. O dualismo das religiões monoteístas judaico-cristãs absorveu a psique ocidental se apoiando em uma hierarquia de intérpretes. Tal como separou Descartes - Mente e Corpo -, o dualismo - Deus/mundo, não parece resistir ao exame científico, explicita o físico teórico Amit Goswami.O Idealismo Monista, compatível com a física quântica, fornece um novo paradigma que pode solucionar os paradoxos do misticismo (transcendência e pluralidade) e dar partida a uma ciência idealista e de fazer a revitalização das religiões.
Goswami aponta os quatro aspectos da consciência:
1. Percepção: campo da mente, trabalho global.
2. Os objetos da consciência: pensamentos e sentimentos passageiros
3. O sujeito/observador/experienciador e testemunha - o self consciente
4. Consciência, fundamento de todo o SER.
Não podemos identificar a consciência com as nossas percepções motoras, sensações e impressões sensoriais. Você se identifica com os seus dedos, no ato de escrever ou com os seus pés no ato de andar? Nada disto e nem um dos chamados "concomitantes" externos da nossa experiência consciente podem ser confundidos com os elementos fundamentais da nossa consciência. No âmago da nossa mente, os pensamentos, sentimentos e opções se encarados assim,nos jogariam dentro do conceito errôneo de Descartes - penso logo existo - quando o correto é - "escolho, logo existo" - Ulrich Neisser adverte e prova o que diz através da física quântica. Escolher é uma função primordial da consciência. "A psicologia não está pronta para enfrentar a consciência" - Amit Goswami retruca - "por sorte, a física está".


Fontes:
Revista Planeta
Blog Paradigma Holográficco

O Universo Autoconsciente - Amit Goswami, Phd - Ed. Rosa dos Ventos.

domingo, 1 de maio de 2011

O quanto consciente é você?


Acorde para um mundo harmonioso!

Estamos na caverna, olhando as sombras na parede. Nossa visão de um mundo inanimado, separado e indiferente  não é objetiva.  É como a imagem desfocada de uma câmera com defeito. Não é uma imagem  verdadeira. Esta visão é o produto de nossa psique, dos mecanismos e estruturas de nossa mente, da mesma forma que a imagem produzida por uma câmera é o resultado de seu mecanismo interno. Nossa psique é estruturada de tal forma que ele esconde de nós a harmonia do mundo. Ele também cria uma ilusão de separação, quando na realidade somos parte de um grande oceano do ser, que transcende os limites da matéria e permeia todo o espaço.

O maior erro que podemos fazer - o que a maioria de nós faz - é acreditar que a visão do mundo que a nossa psique normal cria é verdade. Infelizmente, muitos de nossos cientistas e intelectuais cometem esse erro, tomando suas percepções pelo valor da aparência e assim acreditando que o mundo inanimado, separado e aparentemente mecanicista que percebemos é a realidade absoluta. Mas isso é realmente apenas uma forma extrema de "realismo ingênuo".

É também uma espécie de arrogância. O pressuposto subjacente é que os seres humanos são totalmente conscientes, que nossa percepção da realidade é completa. Mas deve haver níveis de realidade além da nossa consciência, da mesma maneira que há níveis de realidade além da consciência de um inseto ou de uma ovelha. Estamos cientes da realidade mais do que os insetos e animais  e, da mesma maneira, na evolução futura certamente serão produzidos seres - talvez até mesmo  seres humanos - que serão mais  conscientes de mais realidade do que são atualmente. Estados superiores de consciência são um temporário despertar deste sono.

Nos estados mais elevados de consciência, ou experiências de despertar, percebemos que nossa visão normal do mundo é incompleta e ilusória. O mundo a nossa volta ganha vida e é preenchido com um senso de significado e harmonia Sentimos um forte sentimento de bem-estar interior. Nós nos tornamos conscientes de que o mundo inteiro é permeado com a força do espírito que se derrama sobre os limites entre as coisas e envolve tudo na unidade. Nós nos tornamos um com essa força e, portanto, um com todas as coisas. E, numa maior intensidade de despertar, despertar absoluto, o mundo material dissolve-se e não há nada impossível, mas uma poderosa, radiante e harmoniosa força que é o 'terra' do universo, a realidade essencial.

Acordar é a coisa mais importante que podemos fazer em nossa vida. Precisamos acordar para o nosso próprio bem, para nos tornarmos  livres da ilusão da separação e da discórdia psicológica que enche nossa vida com sofrimento. Precisamos acordar, para que possamos parar de desperdiçar a nossa vida e nosso potencial na ansiedade, descontentamento e conflito. O desenvolvimento espiritual é a última forma de terapia, a cura do  subjacente descontentamento e desarmonias da psique humana.

Precisamos acordar para o bem da raça humana como um todo, a fim de libertar-nos do caos social e conflitos que têm devastado os últimos mil anos de história. A única possibilidade que a raça humana tem de viver em harmonia - sem guerra, desigualdade, opressão das mulheres e dos diferentes grupos étnicos e sociais - é através de transcender o ego superdesenvolvido. Só então o impulso para acumular riqueza e ganhar poder acima de outras pessoas desaparecerão. Só então ganharemos a habilidade de empatisar com outras pessoas, ao invés de desconfiar ou de explorá-las, a habilidade de sentir a essência comum que subjaz  às diferenças superficiais de raça ou nacionalidade.

A única maneira segura de evitar uma catástrofe e aprender a viver em harmonia com a natureza é transcender nosso senso de separação dela e do sentido que ele está viva e é sagrada.

De qualquer modo, nós sempre fomos um com esse Espírito Universal. Foi exatamente isso que adormeceu  e esquecemos quem nós éramos.

Texto de Steve Taylor  um autor e professor cujos principais interesses são a espiritualidade e a pasicologia . 
 Website: www.StevenMTaylor.com

Tradução para o português de Vera Lucia

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ame-se


Amar-se é necessário. Não existe sucesso, realização, boa saúde, alegria e felicidade sem que você se goste, sem que você reconheça o seu valor como ser humano. Embora a maioria das pessoas diga que o amor por si mesmo é uma forma de egocentrismo, aprender a amar a si mesmo não é uma viagem solitária. É uma jornada máxima, num trajeto que se estende para o outro na medida em que você se aproxima de si mesmo. A medida da sua auto-estima, do seu amor por si mesmo é a sua tolerância e respeito para com o seu próximo. É impossível amar-se e não amar ao próximo. O amor contagia e é contagiante!

Mas como amar a si mesmo? Como fazer isso?
O primeiro passo para você se amar é a auto-aceitação. É dizer sim para si mesmo, sem esperar pelo sim do outro. É honrar o ser que você é. É saber que está tudo bem ser você mesmo, ter as experiências que tem tido e os problemas também. Você não precisa ser um ser humano perfeito, mas tem o direito de ser você mesmo. É claro que você em algum momento pode não se sentir feliz, pode estar insatisfeito com algumas coisas, mas só o reconhecimento de quem você é exatamente agora, lhe dá a real motivação para mudar o que precisa. Aliás, um outro equívoco é acreditar que aceitar a si mesmo significa que você não quer melhorar. Ao contrário, a energia amorosa gerada pela auto-aceitação nutre a motivação básica que cada um tem de se aprimorar, de manifestar o melhor de si mesmo e realizar todo o seu potencial.

É fato que você tem sempre muitas justificativas para não se gostar, não se aceitar. Você tem razões culturais, religiosas e pessoais. Dizem até que é arrogância e falta de humildade se reconhecer o próprio valor. É claro que você não quer parecer arrogante e quer atender as expectativas dos outros sobre você, mesmo que isso signifique abrir mão do seu bem mais precioso: você. E olha que tudo começou na infância! Você se lembra de que quando era criança ouviu muitos “não”, muitos “você não pode”? Pois bem, a educação do “não” levou-o a se ver como uma pessoa que não era boa o suficiente e a abandonar pelo caminho partes importantes de si mesmo, que ficaram por aí, perdidas no tempo e abandonadas, carentes de amor e atenção. Você as escondeu de si mesmo e do outro, em troca de carinho, para não ser rejeitado e até para não ser castigado por “Deus” “- Deus castiga!!!”Quem é que nunca ouviu essa frase? Qual a conseqüência disso? Você se tornou uma pessoa fragmentada e colocou uma máscara de faz de conta, para sobreviver. Pior do que isso, tornou-se um juiz implacável de si mesmo. 

Mas não se iluda, não é através da desaprovação, do julgamento e da punição , que você vai se tornar uma pessoa melhor. Até porque você acredita que é muito “bonzinho” e se orgulha de não medir “sacrifícios” para agradar aos outros. Viciou-se em autonegação! É preciso que você seja gentil consigo mesmo, como é com uma criança inocente, para acolher essas partes abandonadas, sem medo. Não existe nenhuma vantagem em permitir que os outros ditem suas regras para você, nem nenhuma bonificação espiritual se você se sentir menos do que realmente é, supostamente para ser humilde. Lembre-se que a modéstia nada mais é que orgulho mascarado. 

Isso não quer dizer que você não tenha que ser auto crítico, mas sim que você pode se avaliar tendo como referência a mais alta visão que tem de si mesmo. O que você avalia é o que em sua vida está em descordo com o seu ser essencial, aquilo que não vibra na freqüência de sua alma, para transformá-lo e fazer as mudanças necessárias. Isso significa ter respeito e compromisso consigo mesmo.

Portanto, aceite quem você é e diga sim para si mesmo. Respeite-se. Evite comparações, lembre-se que você é o referencial de si mesmo. Saiba que você é você e você é único.
Comece hoje!
ACREDITA!!!
                                                            (texto de Vera Lucia)

sábado, 23 de abril de 2011

Nosso medo mais profundo...




Nosso medo mais profundo é saber que somos poderosos além da conta. É nossa Luz que nos assusta. 
Nos perguntamos: Quem sou eu para me sentir brilhante? Mas, na realidade, quem é você para não sê-lo? 
Você é uma criança de Deus. Teu jogo de ser insignificante não serve ao mundo. Não tem nada de iluminação em fazer-te menor com a finalidade de outras pessoas não se sentirem inseguras ao teu redor.
 Todos podemos brilhar, tal como fazem as crianças. Todos nascemos para manifestar a Glória de Deus, que se encontra em nosso interior. Esta Glória não está dentro de uns, está dentro de todos nós. 
E quando permitimos que nossa própria Luz brilhe, inconscientemente damos oportunidade a outras pessoas para fazer o mesmo. A medida que vamos liberando os nossos medos, nossa presença libera os outros automaticamente.”  
                                 (Texto Nelson Mandela)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Poder das Palavras


   (Texto de Brad Hunter)

A palavra, junto com o poder da vibração, é capaz de criar, curar e também destruir.

A teoria diz que quando focalizamos nossa mente em algo e acrescentamos a isso o sentimento e a emoção correspondentes, para finalmente expressá-lo, estamos exteriorizando e materializando um poder que estará afetando todos os aspectos da matéria.
Aquilo que você diz ao seu semelhante diz para si mesmo
Se cada um de nós estivesse consciente de que a energia liberada em cada palavra afeta não só a quem a dirigimos, mas também a nós mesmos e ao mundo que nos rodeia, começaríamos a cuidar mais do que dizemos.

Os antigos essênios sabiam da existência de um enorme poder contido na oração, no verbo e na palavra. Os antigos alfabetos como o sânscrito, o aramaico e a linguagem hebraica são fontes de poder em si mesmas. Os essênios utilizaram a energia que canaliza a linguagem - que era a manifestação final do pensamento, da emoção e do sentimento - para manifestar na realidade a qualidade de vida que desejavam experimentar neste mundo. Nas culturas do antigo Oriente eram utilizados os mantras, as rezas, os cânticos e as orações com intenção predeterminada, como técnicas para materializar estados internos e programar, de uma forma ignorada por nós na atualidade, realidades pensadas, desejadas e afirmadas previamente.

Os estudos realizados por físicos quânticos começam a redescobrir e validar o enorme conhecimento esquecido de antigas culturas ancestrais. Um conhecimento que se encontra ainda escondido e esquecido e que nos traria o poder de mudar nosso mundo.

As palavras podem programar o DNA
A mais recente investigação científica russa indica que o DNA pode ser influenciado e reprogramado por palavras e freqüências, sem seccionar e nem substituir genes individuais. Só 10% de nosso DNA é utilizado para construir proteínas e este pequeno percentual do total que compõe o DNA é o que estudam os investigadores ocidentais. Os outros 90% é considerado “DNA sucata”. Entretanto, os investigadores russos, convencidos de que a natureza não é tola, reuniram lingüistas e geneticistas - em um estudo sem precedentes , para explorar esses 90% de “DNA sucata”.

Os resultados levaram a conclusões impensadas: segundo os estudos, nosso DNA não só é o responsável pela construção de nosso corpo, mas também serve como armazém de informação e para a comunicação a toda escala da biologia. Os lingüistas russos descobriram que o código genético, especialmente no aparentemente inútil 90%, segue as mesmas regras de todas as nossas linguagens humanas. Compararam as regras de sintaxe (a forma em que se colocam juntas as palavras para formar frases e orações), a semântica (o estudo do significado da linguagem) e as regras gramaticais básicas e assim descobriram que os alcalinos de nosso DNA seguem uma gramática regular e têm regras fixas, tal como nossos idiomas.

Portanto, as linguagens humanas não apareceram coincidentemente, mas são um reflexo de nosso DNA inerente. O biofísico e biólogo molecular russo Pjotr Garjajev e seus colegas também exploraram o comportamento vibratório do DNA. “Os cromossomas vivos funcionam como computadores solitônicos/holográficos usando a radiação laser do DNA endógeno”. Isso significa que alguém pode, simplesmente, usar palavras e orações da linguagem humana para influir sobre o DNA ou reprogramá-lo.

Os mestres espirituais e religiosos da antiguidade sabiam, desde milhares de anos, que nosso corpo pode ser programado por meio da linguagem, das palavras e do pensamento. Agora isso foi provado e explicado cientificamente. A surpresa maior foi descobrir a maneira como os 90% do “DNA Sucata” armazena a informação. “Imaginemos uma biblioteca que, em lugar de arquivar milhares de livros, só guarda o alfabeto comum a todos os livros. Então, quando alguém solicita a informação de um determinado livro, o alfabeto reúne todo o conteúdo em suas páginas e coloca a nossa disposição”, esclareceu Garjajev. Isto nos abre as portas a um mistério ainda maior: que a verdadeira “biblioteca” estaria fora de nossos corpos em algum lugar desconhecido do cosmos e que o DNA estaria em comunicação permanente com este reservatório universal de conhecimento.

A EVIDÊNCIA INESPERADA
O investigador Dan Winter, que desenvolveu um programa de computação para estudar as ondas sinusoidais que o coração emite  sob respostas emocionais, em uma fase da investigação com seus colegas, Fred Wolf y Carlos Suárez, analisou as vibrações da linguagem hebraica com um espectrograma. O que descobriram foi que os pictogramas que representam os símbolos do alfabeto hebraico se correspondiam exatamente com a figura que forma a longitude de onda do som de cada palavra.

Isso significa que a forma de cada letra era a exata figura que formava a referida longitude de onda a ser vocalizada. Também comprovaram que os símbolos que formam o alfabeto são representações geométricas. No caso do alfabeto hebraico, os 22 gráficos utilizados como letras são 22 nomes próprios originalmente usados para designar diferentes estados ou estruturas de uma única energia cósmica sagrada, que é a essência e semelhança de tudo o que é. O livro do Gênesis está escrito nesta linguagem.

As letras dos antigos alfabetos são formas estruturadas de energia vibracional que projetam forças próprias da estrutura geométrica da criação. Desta maneira, com a linguagem se pode tanto criar, como destruir. O ser humano potencializa o poder contido nos alfabetos ao somar-lhe o poder de sua própria intenção. Isso nos converte em responsáveis diretos dos processos criativos ou destrutivos na vida. E somente com a palavra!

O PODER CURATIVO DA PALAVRA
Existe uma capacidade demonstrada de quanto a palavra pode afetar a programação do DNA. A saúde poderia conservar-se indefinidamente se nos orientamos em pensamentos, sentimentos, emoções e palavras criativas e, sobretudo, bem intencionadas.

Os estudos do Instituto Heart Math nos abrem um novo panorama para a cura, não só dos humanos enfermos, mas também para a cura planetária. O instituto crê na existência do que eles chamam “hiper-comunicação”, uma espécie de rede de Internet sob a qual todos os organismos vivos estariam conectados e comunicados permitindo a existência da chamada “consciência coletiva”.

O Hearth Math declara que se todos os seres humanos fossem conscientes da existência desta matriz de comunicação entre os seres vivos, e trabalhassem na unificação de pensamentos com os mesmos objetivos, seríamos capazes de resultados impensáveis, como a reversão repentina de processos climáticos adversos.

O poder das rezas, orações e pedidos, tal como nos legaram os antigos essênios - potencializado por milhares de pessoas -, nos outorgaria um poder que superaria ao de qualquer potência militar que quisesse nos impor sua vontade pela força.

Este poder tem sido demonstrado por espécies animais como os golfinhos, que trabalham unificados em objetivos comuns. Os golfinhos utilizam padrões geométricos de hiper-comunicação, ultra-som e ressonâncias que lhes servem para interagir com as redes energéticas do planeta. Estes animais possuem a capacidade de produzir estruturas sônicas geométricas e harmônicas sob a água. Poderíamos afirmar que os golfinhos ajudam mais a manter o equilíbrio planetário do que os humanos.

Se Deus nos outorgou o poder, significa que quer que nós, uma vez alcançado um nível de consciência determinado, ajudemos com respeito à vida, sendo co-criadores de sua obra.
O texto acima foi retirado da revista "El Planeta Urbano".